Neste espaço vamos apresentar informações sobre o patrimônio arqueológico e a arqueologia do nordeste de Santa Catarina, principalmente da Baía Babitonga.
A Baía Babitonga foi cenário de muitas histórias. Diversas sociedades nela viveram ao longo dos últimos 10 mil anos. Cabe registrar que o ambiente se modificou muito ao longo deste período.
Devido a todas estas ocupações, há uma grande quantidade de sítios arqueológicos.
Os mais abundantes são os sambaquis – montes de conchas construídos por povos pescadores-caçadores-coletores muito bem adaptados ao ambiente estuarino.
Além destes sítios, a região se destaca pela presença do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. Este museu foi inaugurado em 1972 a partir da aquisição, pela Prefeitura Municipal de Joinville, da coleção arqueológica de Guilherme Tiburtius. Tiburtius foi um arqueólogo amador que produziu umas das mais importantes coleções de peças de sambaquis do Brasil. Estes sítios eram considerados jazidas minerais para a produção de cal e muitos foram destruídos. Tiburtius reuniu peças de sítios que estavam nestas condições e hoje estão totalmente destruídos. Em 1961 estes e todos os locais com remanescentes de povos que viveram no território brasileiro antes de 1500 e os vestígios retirados deles passaram a ser considerados patrimônio cultural brasileiro.
Tudo isso faz da Baía Babitonga um dos lugares mais importantes quando se fala sobre sambaquis.
Atualmente há cerca de 200 sítios arqueológicos pré-coloniais na região da Baía Babitonga. Abaixo figura elaborada pelo Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville com a maioria dos sítios conhecidos.